Trilho da Chã Grande: O trilho que correu (praticamente) bem
Já andava a faltar uma publicação sobre este trilho…
No fim-de-semana passado decidimos que iríamos tornar a fazer o Trilho do Vento. Lembram-se dele? Pois bem, quando vimos que havia a possibilidade de trovejar nessa tarde, encontrei uma alternativa semelhante. O CMN PR4 – Trilho da Chã Grande, que começa em Arga de Baixo, Caminha. São cerca de 12km em real altitude, o que dificulta um pouco a caminhada a nível cárdio. Como já estamos habituados, não nos custou tanto nesse sentido.
Ficámos desde logo maravilhados pela paisagem e pela simpatia dos habitantes da pequena aldeia. Pessoas idosas guardavam rebanhos e acenavam a cada passagem. Quando passamos do rural para o natural, a vista deixou-nos quase atordoados: A Serra de Arga é linda. Linda é, talvez, dizer muito pouco sobre ela. No topo das montanhas já avistávamos eólicas apesar de ainda não as conseguirmos ouvir.
O dia mostrou-se solarengo e agradável, e o vento não era mais do que uma brisa reconfortante.
Demos de caras com imensas manadas de gado e cavalos, sendo estes últimos selvagens (provavelmente o motivo pelo qual grande parte do trilho está decorado com estrume!). A meio do percurso encontrámos, inclusivé, uma égua em pleno trabalho de parto. Nunca nenhum de nós tinha assistido a semelhante e acabámos por perder algum tempo (literalmente “perder” porque aquilo demora horas) a assistir ao evento. Demos também de caras com um enorme exército de sapos, cobras e… incrivelmente, nenhum ser humano (estes são os piores).
Quanto às eólicas: mais uma vez, estivemos mesmo debaixo delas! O zumbido dos “aviões” sempre um burburinho de fundo. Como não estava muito vento, não foram muito “vocais”.
O trilho está bem sinalizado na parte inicial. A meio, no entanto, torna-se importante prestar atenção às mariolas (pequenos amontoados de pedras) deixados por caminhantes e escuteiros. Muitos dos sinais estão bastante apagados. A certa altura, chegámos a um cruzamento entre três trilhos diferentes cujas placas (de apontar) estavam caídas. Nesse momento, descobrimos que não sabíamos para onde deveríamos ir. Acabámos por fazer mais 4km do que os 12km inicialmente planeados. E, sinceramente, não faz mal. Todos gostámos! Descemos um par de quilómetros sobre lajes antigas até alcançar a estrada.
Terminámos a caminhada a refrescar os pés num ribeiro e, pela estrada acima, rumámos ao meu carro, tristes por voltar para casa mas felizes por termos feito um trilho tão perfeito e bonito.




















